sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Há quem pense no espaço, há quem exija duração.

Achei tão sexy aquele jeito dele sentar com os pés em cima da cadeira, meio de lado, cantarolando Leila Pinheiro e folheando as últimas aventuras em quadrinhos da Magali, que quase fui tomada do mundo.
Aquele garoto estranho, quase que de perfil, aquele lugar de aura clara e o som dos grilos lá fora, mais algumas gargalhadas de uns gringos malucos e suas acompanhantes nativas, junto à minha fome e a vontde de comer, a espera do jantar que não saía, toda essa confusão de sons e cores e luzes amarelas e o friozinho que faz na encosta da chapada, tudo isso e Leila Pinheiro cantando Guinga, dariam um ótimo enredo a um conto qualquer.
O rapaz de regata e calção azul-marinho lendo Magali e cantarolando " Meu catavento temdentro o que há do lado de fora do teu girassol..." . E eu ali, parada, esperando a comida, calada, querendo cantar mais alto que o CD, nada mais, cena construída.
Nem sei se pedi sustenido, nem se ele riu bemol, assim de canto de boca.

"Você sou eu que me vou no sumidouro do espelho
Mas os dois juntos se vão no sumidouro do espelho..."

Será?!?!? Só pensei...

Tudo se vai no sumidouro do espelho, no espelho, no meio de tudo, se vai... Vai-se!
As cenas também vão.

Essa já foi.

2 comentários:

Mai Amorim disse...

parece que vi a cena toda aí.
Mas tou psicologicamente instável pra conseguiir escrever algo decente a respeito.. =/


as coisas se vão mesmo, se dissipam, se dissolvem... como flocos de espuma flutuando sobre a superfície lisa de algum lago solitário.

Ivan Bittencourt disse...

Essa foi bem rápido hein...
mas suponho que, pra quem está lá, cada segundo é uma eternidade.
abraços
t+