E no ápice da dor construo meu cárcere, vou por ali conjugando meus verbos mais temidos, mas que tão erroneamente dão sentido ao que sobrou de mim. Não sei mais por onde seguir, por quais abismos devo me jogar, só sei do sentido doce que tinha a vida e que transformou-se nesse mar de tormento. Não mais amo e só amo. Virou cólera. Sorrio quando devo, quando reclusa estou sem expressões. Se muito falo é só tentando calar as coisas tristes que aqui se abrigam. E se pareço alegria, só pareço. Lá no fundo do meu poço de mágoas não tenho nada além delas. Talvez um pouco de uma tola esperança que nunca avivará. Prossigo casca, oca de coloridos, cheia de vazios e alguns trocados que me tiram do marasmo. Desaquieto. Mas o frio ainda arde aqui dentro.
sábado, 2 de agosto de 2008
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8 comentários:
"Mas o frio ainda arde aqui dentro."
merda nada¬¬'
certas coisas a gente não consgeue abandonar...
"Se muito falo é só tentando calar as coisas tristes que aqui se abrigam. E se pareço alegria, só pareço."
Ô vida tirana..
fiquei até sem palavras.
"vou por ali conjugando meus verbos mais temidos"
morro de inveja de ti. =*
Ardendo assim, mesmo que triste, ainda é tão bonito...
"Talvez um pouco de uma tola esperança que nunca avivará."
Tola é a pessoa que não tem esperança.
muito bonito... (obrigado pelo coment�rio!)
i'm back baby!
sou eu, lud :)
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