domingo, 24 de agosto de 2008

Segui meu caminho em frente com firmeza, sem virar para trás para olhar o que já tinha vivido. A estrada parece aterrorizante quando não se sabe ao certo onde ela vai dar. Mesmo assim não vacilei, tinha que seguir para algum rumo, qualquer lugar que me levasse embora de onde eu tinha sido.
Nada mais me pertencia, nem os dias que haviam me abadonado, nem os que se seguiriam, éramos só eu e meu corpo limpo, lavado de sensações, minha pequena bolsa de prata, meus pés descalços no meio do tempo e meu pequeno diário desfolhando ao vento, entregando ao mundo tudo o que eu não queria mais, minhas antigas fotos e sorrisos, meus sentimentos mais íntimos, os sonhos que eu tinha escondido permaneceriam sem ser conhecidos. Rasguei cada folha como uma punhalda na alma, fragmentando tudo em papéis perfumados e envelhecidos. Não quis ser mais nada, nem viria a ser. Figura sem nome, andarilho, cidadão do mundo. Pode me chamar de solidão.

4 comentários:

Cadinho RoCo disse...

Tudo isso pra depois começar tudo de novo com sabor de alma lavada renovada.
Cadinho RoCo

Tácio Pimenta disse...

pois é, Ima, o passar do tempo haveria de servir para alguma coisa além de cobrir a cara de pêlos...
vejo que passou proveitosamente pra vc tbm!
tens sensibilidade garota....

ah!, e brigadão pelos comentários lisonjeiros. são seus olhos.

Mai Amorim disse...

Preciso dizer que me vi aí?
bichooooosa do meu (L), lembrei da fala da mãe da mulher lá de P.S Eu te Amo [ééguas]..mas ou menos assim
"Se você está sozinha, lembra que estamos juntas nessa também" ou algo assim
auhaua

te amo .

Eduardo Dot disse...

Aii, eu li mas nem consegui ler. Entende? To morto de cansado e só passei aqui para dar uma satisfação. =*